A casa unifamiliar como patrimônio moderno brasileiro: residências JK e Oscar Americano
SILVIA LOPES CARNEIRO LEÃO
RAQUEL RODRIGUES LIMA
Resumo
O presente trabalho apresenta a análise de duas casas emblemáticas da Arquitetura Moderna Brasileira, preservadas como patrimônio histórico. Uma é representante da Escola Carioca e outra da Escola Paulista, as maiores vertentes arquitetônicas modernas brasileiras.
A Casa Kubitschek fica no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Foi projetada pelo arquiteto carioca Oscar Niemeyer em 1943, com paisagismo de Burle Marx. Faz parte do Complexo da Pampulha, encomendado a Niemeyer pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, futuro presidente da república. Além da residência, o arquiteto projeta também outros equipamentos à beira de um lago artificial – cassino, iate-clube, casa-de-baile e igreja – conjunto que hoje integra o patrimônio mundial da UNESCO.
A Casa Oscar Americano – hoje Fundação Maria Luiza e Oscar Americano – fica em amplo lote no bairro Morumbi, cidade de São Paulo, e o projeto do arquiteto paulista Oswaldo Bratke é de 1952. Bratke foi um dos pioneiros da vertente moderna paulista e sua atuação ocorre antes mesmo da consagração do Brutalismo Paulista, cujo apogeu foi nos anos 60-70.
Há dois tipos de intervenção que tendem a preservar a integridade de uma casa unifamiliar: o uso como casa-museu, em que a casa é restaurada e o acervo é seu mobiliário original; e a transformação em casa-galeria, em que a obra é restaurada e o acervo é uma coleção de arte.
A Casa Kubitschek enquadra-se no tipo casa-museu e apresenta o mobiliário e o paisagismo originais; a Oscar Americano é do tipo casa-galeria, mostrando a coleção artística de seu proprietário e o paisagismo de seus jardins. Ambas mantêm a integridade original, com mínimas alterações, e permitem conhecer, além do acervo, sua riqueza arquitetônica e um pouco da história da Arquitetura Moderna Brasileira e das boas práticas de sua conservação.
Introdução
A Arquitetura Moderna teve seu apogeu entre os anos 15 e 60 do século XX e suas obras mais emblemáticas são hoje consideradas patrimônio histórico. Como tal, devem ser preservadas como testemunho de um período fundamental, em que houve profunda revisão na concepção estrutural, espacial e formal dos edifícios.
A casa unifamiliar foi tema recorrente neste período. Os grandes mestres da Arquitetura Moderna utilizaram o programa residencial como laboratório de pesquisas, experimentando nele estratégias que depois se generalizaram. Sua produção inicia-se na Europa e dissemina-se para o restante do mundo. No Brasil, houve uma produção importante de casas unifamiliares modernas, principalmente a partir dos anos 1930, com a ascensão da chamada Escola Carioca 1 . Nos anos 50, começa a crescer a chamada Escola Paulista 2, com apogeu nos anos 60 e 70.
Hoje, faz-se necessário preservar as casas unifamiliares emblemáticas deste período, que representam uma parte significativa do modernismo brasileiro. Na visão de Brandi, “a restauração constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à transmissão para o futuro 3 ”. Para Pellegrini, “merecem ser preservados o edifício que é uma obra de arte, produto de uma mente criativa distinta e excepcional, e o edifício que não é criação distinta nesse sentido, mas que possui de forma pronunciada as virtudes e características da escola de arquitetura que o produziu 4”.
Há duas formas de preservação que representam boas práticas no que diz respeito à casa unifamiliar: na casa-museu o edifício é restaurado e seu principal acervo é o mobiliário original; na casa-galeria de arte o principal acervo são obras de arte, pertencentes ou não ao proprietário original.
Duas casas modernas brasileiras, ambas restauradas, seguem esses padrões, uma enquadrando-se na categoria de casa-museu e outra na de casa-galeria: Casa Kubitschek (Oscar Niemeyer, Pampulha, Belo Horizonte/MG, 1943); e Casa Oscar Americano (Oswaldo Bratke, Morumbi, São Paulo/SP, 1956), respectivamente.
Casa Kubitschek
No início dos anos 1940, Juscelino Kubitschek (JK), então prefeito de Belo Horizonte (BH), capital do estado de Minas Gerais (MG), contrata Oscar Niemeyer para criar um espaço de lazer e diversão, no intento de urbanizar uma região distante do centro da capital: o Complexo da Pampulha. Niemeyer propõe um conjunto que incluía cassino, iate-clube, casa-de-baile, igreja e casa de fins de semana para JK. O paisagismo ficaria a cargo de Roberto Burle Marx.
A casa de JK ocupa 680m² de um terreno de 2.800m², à beira da lagoa artificial da Pampulha. O lote em forma de L é alongado e tem declive no sentido transversal à rua, permitindo vista da lagoa. A casa, com planta em forma de U, implanta-se colada à divisa sul; é afastada da divisa frontal, onde fica um jardim tropical e espelho d’água com a forma da lagoa; há também um grande afastamento da divisa de fundos, espaço que inclui pátio interno pavimentado, pomar e pavilhão de lazer com piscina; o paisagismo é de Burle Marx.
A planta em U abraça o pátio interno e faz uso do desnível na criação de três meios-níveis: no mais baixo, fica a garagem; no intermediário, ambientes sociais e de lazer voltados para a frente e serviços voltados para o pátio; no nível mais alto fica a ala íntima, acima da garagem, com dormitórios abertos ao pátio (Figura 1).
O acesso é um passeio por caminho sinuoso, com piso de pedras, em meio ao jardim; uma rampa leva à varanda frontal envidraçada, com painel de azulejos de Alfredo Volpi; a varanda – elemento da arquitetura brasileira recorrente na obra do mestre Lucio Costa – estende-se à frente da casa, com vista da lagoa.
A fachada frontal tem cobertura borboleta, com águas assimétricas. A mais alta estende-se sobre garagem e mezanino superior; o frontão em V é revestido com troncos roliços de madeira, evocando o interior rústico da Casa Errazuris de Le Corbusier (Chile,1930); relaciona-se, também, com a cobertura do Iate Clube, situado nas proximidades. As alvenarias autoportantes são rebocadas e pintadas de branco e as esquadrias estendem-se ao longo de toda a varanda. Os caixilhos de madeira foram posteriormente substituídos por alumínio.
Aos fundos, as duas alas da planta em U abraçam o pátio interno, outro elemento da arquitetura brasileira caro a Lucio Costa. Na ala com orientação sul, ficam sala de jogos e serviços, mais tarde ampliados com quartos de empregados. Meio nível acima, na ala norte, fica o setor íntimo. Ao centro do pátio, um painel de pastilhas de Paulo Werneck é ponto focal; mais ao fundo, fica o pavilhão de lazer com piscina.
As fachadas voltadas para o pátio são distintas da frontal. Também rebocadas e na cor branca, têm janelas de tamanhos variados com venezianas de madeira. As coberturas das duas alas – lajes inclinadas cobertas por telhas de fibrocimento – têm caimento para o pátio, e, juntamente com janelas e venezianas azuis, evocam as casas coloniais de Diamantina, cidade natal de JK (Fig. 2).
A casa-museu
A casa foi ocupada pela família Kubitschek até 1945, quando JK é empossado deputado federal. Fica desocupada até 1956, ano em que é comprada pelo amigo, também político, Jobert Guerra, morto em 1977. Sua esposa Juracy ali permanece até sua morte, em 2004.
Em 1994 a casa já havia sido tombada pelo IPHAN e em 2003 foi reconhecida como patrimônio municipal pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de BH. Com a morte de Juracy, a prefeitura de BH resolve adquirir a casa e transformá-la em espaço cultural. Em 2005, os herdeiros transferem o imóvel para a prefeitura, que, em 2008, inicia as obras de restauração e adaptação do espaço à instalação do Museu Casa Kubitschek, com base no projeto da Diretoria de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura de BH. As obras são concluídas em dezembro de 2011.
Em setembro de 2013, a casa é reinaugurada como espaço cultural, integrando o projeto Pampulha: Patrimônio da Humanidade, que retrata a história do bairro e sua evolução na era JK. A exposição conta a história de uma casa modernista brasileira por meio de espaços, móveis e equipamentos originais, mostrando aos visitantes os modos de habitar entre os anos 1940 e 60.
A exposição é uma referência à memória dos habitantes e personagens ilustres: o prefeito JK, autor da encomenda, depois presidente do Brasil e idealizador de Brasília; o segundo proprietário Joubert Guerra e familiares; o arquiteto Niemeyer; o paisagista Burle Marx; os artistas plásticos Volpi e Werneck.
Após inaugurada, a casa-museu fica sob administração do Museu Histórico Abílio Barreto. Os interiores preservam características, louças e móveis originais, adquiridos de lojas e designers famosos à época; o mobiliário dos dormitórios é mais convencional.
O Museu é atualmente um equipamento cultural público, tombado pelas instâncias do patrimônio municipal, estadual e federal. É mantido e administrado pela Prefeitura de BH, por meio da Fundação Municipal de Cultura, e subordinado à Diretoria de Museus; a casa se mantém como o projeto original e as reformas que foram feitas tiveram assistência de Niemeyer. Fica aberta ao público e a entrada é gratuita.
Casa Oscar Americano
Nos anos 1930, o arquiteto paulista Oswaldo Bratke e o amigo engenheiro Oscar Americano compram grande área nos arredores de São Paulo e são parceiros no empreendimento de urbanização Paineiras do Morumbi. Bratke idealiza o plano urbano, inspirado nos moldes dos bairros-jardim, derivados das Garden City inglesas; Americano coordena as obras viárias. Famílias abastadas migram para o bairro em busca de um “refúgio bucólico”, distante da rotina da metrópole. Bratke projeta sua própria casa em 1951 e a do amigo em 1952, em lote vizinho.
A Casa Americano tem área de 1.030m². Implanta-se em lote com forma irregular alongada, com 75.000m², que inclui amplo parque arborizado, casa principal e pavilhão de lazer. O paisagismo, com mais de 20 mil árvores plantadas, é assinado pelo paisagista Otávio Augusto Teixeira Mendes.
A residência fica em cota elevada, com recuo de 60m da Av. Morumbi, por onde se dá o acesso; as fachadas principais voltam-se para as orientações leste e oeste. O volume horizontal é definido pela união de dois retângulos de proporções distintas e eleva-se 90cm acima do solo. Acomodado ao perfil do terreno, apresenta dois pavimentos na fachada leste e apenas um na oeste, em cota mais elevada e com acesso principal.
As atividades principais do programa – dormitórios, copa, cozinha, salas de estar e jantar – situam-se no nível superior, enquanto as de apoio – garagem, serviços, sala íntima e de jogos – concentram-se no inferior (Figura 3).
A planta desenvolve-se em torno a um pátio interno, para onde se voltam os ambientes principais. A grelha estrutural apresenta vãos com dimensões variáveis; o retângulo maior tem malha de 9x5 pilares e o menor tem mais 2 vãos longitudinais e um em balanço; algumas paredes portantes complementam a estrutura de suporte, atuando como compartimentação interna.
A grelha determina o volume e estabelece o ritmo das fachadas, uma sucessão de cheios e vazios, zonas opacas e transparentes, panos de esquadrias, alvenarias revestidas, tijolos vazados e pilotis, numa composição complexa e bem elaborada, em meio à exuberante paisagem (Fig. 4).
Base e corpo são distintos pela materialidade e a laje de cobertura é completamente plana. O pavilhão de lazer, com piscina e cancha de jogos, fica elevado 5m em relação à casa.
A casa-galeria
Americano mora na casa por mais de 20 anos. Em 1972, após a morte da mulher Maria Luiza, decide transformá-la em instituição cultural. Em 1974, cria a Fundação Maria Luiza e Oscar Americano, doando à cidade de São Paulo a casa, a coleção de arte e o parque.
Entre 1974 e 1980 são realizadas algumas adaptações internas, de modo a organizar o acervo para visitação. Além da exposição de peças e documentos ligados à história do Brasil, a Fundação realiza cursos, concertos e outras atividades culturais.
A coleção tem base nos objetos de arte pertencentes à família Americano: pinturas, esculturas, porcelanas, pratas e móveis. Ao longo do tempo foram sendo adquiridas novas peças de natureza e épocas distintas, dos séculos XVII ao XX. Outro atrativo da Fundação são os jardins de Teixeira Mendes, cuja estratégia foi reintroduzir árvores da Mata Atlântica, cobertura original do lugar.
Ao longo do tempo, a casa vai perdendo algumas de suas feições originais: a pastilha é trocada por mármore; as luminárias e a mobília moderna originais são substituídas por outras mais tradicionais; os pilotis sob os quartos dos filhos são fechados com caixilhos, aumentando a sala íntima, hoje auditório, etc.
Hoje, a Fundação é dirigida pela filha de Oscar Americano e encontra-se aberta ao público. A entrada tem preço bastante acessível. Entre os planos para o futuro está a ampliação, mediante nova construção, desenhada por Carlos Bratke, filho do arquiteto.
Kubitschek x Oscar Americano
As casas Kubitschek e Oscar Americano têm valor arquitetônico e cultural indiscutíveis. Foram projetadas por arquitetos reconhecidos no panorama da Arquitetura Moderna Brasileira, um representante da Escola Carioca e outro da Escola Paulista. Seus habitantes foram personagens ilustres no panorama cultural brasileiro.
Tanto Niemeyer como Bratke foram responsáveis pelos planos urbanísticos dos locais de implantação das residências. Em 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha foi oficialmente declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. O Morumbi é hoje bairro nobre de São Paulo, ocupado por casas de famílias de alto poder aquisitivo, em amplos lotes arborizados.
As residências, apesar de modernas, desenvolvem-se em torno a pátios. Ambas sofreram mudanças pouco radicais ao longo de suas vidas, todas durante o período de moradia dos proprietários, orientadas pelos arquitetos originais.
A Casa Kubitschek, entretanto, foi concebida como residência de fins de semana e teve dois proprietários ao longo do tempo. O arquiteto Oscar Niemeyer, talvez o principal representante da Escola Carioca, teve como principal influência o europeu Le Corbusier, embora mesclando características da arquitetura colonial brasileira, derivadas de Lucio Costa. A casa-museu tem como principal acervo o mobiliário original. É hoje tombada pelo patrimônio histórico e foi transformada em instituição pública, mantida com verbas governamentais.
A Casa Oscar Americano sempre foi moradia permanente e teve um único proprietário. O arquiteto Oswaldo Bratke foi importante representante da arquitetura moderna paulista, precursor do Brutalismo Paulista. Sua principal influência era a arquitetura da costa oeste norte-americana, em particular do Programa Case Study Houses. O principal representante da Escola Paulista, Vilanova Artigas, foi estagiário em seu escritório. A residência é hoje casa-galeria, com acervo principal representado pela coleção de arte de Americano e pelo parque com espécies da Mata Atlântica. Foi transformada em Fundação nos anos 70 e é gerida com verbas privadas, administradas pela família Americano.
Kubitschek e Oscar Americano são dois exemplos de boas práticas de preservação de casas unifamiliares no panorama da Arquitetura Moderna Brasileira. Segundo Choay, “o espaço do museu tornou-se o ‘gesto arquitetônico’ por excelência de nossa época”, já que hoje os museus “são visitados como monumentos"5 .
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CASA KUBITSCHEK é inaugurada como museu na Pampulha e já está aberta ao público.
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Notas:
1 Escola Carioca: termo pelo qual parte da produção moderna da arquitetura brasileira é comumente identificada pela historiografia. Trata-se originalmente da obra produzida por um grupo radicado no Rio de Janeiro, que, com a liderança intelectual de Lucio Costa (1902-1998) e formal de Oscar Niemeyer (1907-2012), cria um estilo nacional de arquitetura moderna, que se dissemina pelo país entre os anos 1940 e 1950.
2 Escola Paulista: termo pelo qual uma parte da produção moderna da arquitetura brasileira é comumente reconhecida pela historiografia. Trata-se originalmente da arquitetura produzida por um grupo radicado em São Paulo, que, com liderança de Vilanova Artigas (1915-1985), realiza uma arquitetura marcada pela ênfase na técnica construtiva, adoção do concreto armado aparente e valorização da estrutura.
3 BRANDI, 2004, p. 30.
4 PELLEGRINI, 2011, p. 251.
5 CHOAY, 2001, p. 217.
Minicurrículos
A arquiteta Silvia Lopes Carneiro Leão possui graduação (1982), especialização (1985), mestrado (1996) e doutorado (2011) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Lançou a Revista ARQTEXTO em 2000 e organizou Cursos de Extensão e Viagens de Estudos a Itália e Espanha entre 2013 e 2016. Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e realiza pesquisas relativas à casa unifamiliar moderna. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projetos da Edificação. Atua nas áreas de arquitetura, projeto de edificação, editoração, pesquisa, ensino e extensão, e tem várias publicações, especialmente sobre arquitetura residencial.
Link para Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6473356538330121
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A arquiteta Raquel Rodrigues Lima possui graduação (1989), especialização (1990) e mestrado (1997) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutorou-se pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em 2005. Atualmente é Professora Titular e Pesquisadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS. Foi coordenadora do Departamento de Teoria e História da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS e tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo. Atua principalmente nos seguintes temas: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo Ocidental, Arquitetura Moderna, Arquitetura Vernácula, História do Urbanismo e da Arquitetura no Brasil, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre.
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Como citar:
LEÃO, Silvia Lopes Carneiro; LIMA, Raquel Rodrigues. A casa unifamiliar como patrimônio moderno brasileiro: residências JK e Oscar Americano. 5% Arquitetura + Arte, São Paulo, ano 17, v. 01, n.23, e209, p. 1-16 jan. jun/2022. Disponível em: http://revista5.arquitetonica.com/index.php/periodico/ciencias-sociais-aplicadas/393-a-casa-unifamiliar-como-patrimonio-moderno-brasileiro-residencias-jk-e-oscar-americano
Submetido em: 2022-03-06
Aprovado em: 2022-05-16
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