Pensamentos não são nada

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Desconheço a paz absoluta.
Sou só intermitências.
A mente – dizem;
o fluxo da consciência, dizem.
Nada disso.
Bricabraque, mais nada.
Pensamentos brilham, mas são mosquitos fosforescentes.
Por que não um Mozart,
um Bach por dentro?
Nada disso.
Só Stockhausen,
anarquia subjetiva neurológica.

Belo é o que vai no papel.
Belo é o que pousa no ar

Ricardo Carranza

Sobre o autor: O processo é espelho do tempo, pois a essência de ambos é a singularidade da repetição.

Site Provocações, publicado em 31/08/12

http://tvcultura.cmais.com.br/provocacoes/enforque-se/pensamentos-nao-sao-nada

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