JE SUIS CHARLIE
EDITE GALOTE CARRANZA
Je suis Charlie
Como todos sabem, os cartunistas do Charlie Hebdo mantém o espírito do Maio de 1968. Contudo, é preciso lembrar o “estopim” daquele movimento: um manifesto e desenhos. Tudo começou com o “escândalo de Strasbourg”,
em 1966, quando estudantes eleitos para o diretório acadêmico da Universidade publicaram “A miséria do meio estudantil – Considerado em Seus aspectos Econômico, Político, Psicológico, Sexual e mais Particularmente Intelectual e Sobre Alguns Meios ara Remediá-la”, texto de Mustapha Khauati, revisado por Guy Debord, ambos integrantes da Internacional Situacionista. Com tiragem de 10 mil exemplares, o manifesto escandalizou tanto por seu conteúdo contracultural – com ataques contra a esquerda tradicional PCF, intelectuais, establishment e União Nacional dos Estudantes da França, quanto pelos desenhos em quadrinhos de André Bertrand e Michele Bernstein colados nos muros da Universidade. A ação do diretório culminou com a censura e um processo judicial, que não foram suficientes para impedir que o motivo do “escândalo” fosse rapidamente divulgado no meio estudantil de diversos países, mesmo NUMA época sem redes sociais.
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